Segurança nas Escolas

Segurança nas escolas; Recomendações de como se proteger no ambiente escolar

É fundamental que as escolas busquem uma empresa terceirizada na qual tenham plena confiança para fornecer serviços de vigilância e controle de acesso nas entradas das instituições. Essa iniciativa visa aprimorar a segurança e a qualidade do ambiente escolar, proporcionando tranquilidade aos pais e responsáveis pelos estudantes.

Saiba tudo sobre como se prevenir em um ataque escolar, e como age um agressor ativo, o que fazer para se proteger;

O que é o Agressor Ativo? O que isto implica para os profissionais da área de  Segurança Patrimonial?

O Agressor Ativo é um individuo engajado em tentar matar ou matar o maior numero de pessoas possíveis, em uma área determinada, confinada ou aberta, utilizando armas de fogo, armas brancas, explosivos, veículos ou outros meios, e quando este individuo realiza este ataque nota-se que mesmo escolhendo um público especifico, não há um padrão ou método na seleção de suas vítimas.

Outro fato relevante é que este termo deriva do Atirador Ativo, designação dada pelos norte-americanos nesta tipologia de ataque, contudo na América do Sul e principalmente no Brasil onde parte dos ataques utilizaram-se de armas brancas denomina-se  Agressor Ativo.

No tocante ao impacto que este fenômeno causa na segurança, os dados tem evidenciado que os ataques aconteceram com maior frequência nos ambientes escolares, mas não podemos desconsiderar que houveram ataques em fóruns, bar e shopping, ressaltando que o ambiente escolar foi sem dúvidas o mais atingido.

Qual a incidência deste tipo de ataque no Brasil?

Quando falamos em Atirador Ativo em nosso país, um incidente emblemático foi o Ataque o Shopping Morumbi, em 1999, quando um jovem, estudante de medicina na época invadiu a sala de cinema durante a exibição do filme Clube da Luta, ele estava armado com uma submetralhadora, foram três pessoas mortas e outras quatro pessoas feridas.

Em relação ao ambiente escolar, houveram no Brasil 27 ocorrências envolvendo creches e escolas, sendo que destas 14 ocorreram somente nos últimos dois anos, o que neste momento vem causando um verdadeiro pandemônio no mundo da segurança escolar.

Estes incidentes por sua vez causaram a morte de 61 pessoas e outras 134 ficaram feridas, mais de 50% destes ataques trouxeram como principal objeto de ataque as armas de fogo, e as armas brancas foram responsáveis por 44% destes.  Como podemos observar são dados alarmantes pois evidenciam uma fragilidade na segurança pública em tentar evitar ou dificultar estes ataques, bem como limitações na capacidade de resposta do ambiente escolar.

O que a segurança patrimonial poderia fazer para tentar impedir ou minimizar os danos dos ataques?

O que sabemos sobre este tipo de ataque é que sua dinamicidade traz características como imprevisibilidade e alto grau de risco, desta maneira ter procedimentos relativos ao controle de acesso a escola, secretaria isolada das salas de aula (bolsão de acesso, na parte da frente no layout, atender com hora marcada, entre outros procedimentos ) estes fatores que além de proporcionar maior segurança ao ambiente acabam muitas vezes por desestimular o agressor, ou ainda, mitigar os danos de um ataque. Mas não paramos por aí, é importante que os portões de acesso sejam controlados, muros sempre manutenidos – sem frestas para possibilitar a entrada de armas e drogas, um sistema de câmeras eficientes  com vários ângulos, e a principal ferramenta, o sensor humano.  É claro que torna-se imprescindível que a segurança da escola trabalhe alinhado e em sintonia com os projetos existentes no ambiente escolar, tornando-se uma extensão das propostas pedagógicas, identificando eventuais problemas como bullying e mobing, acolhendo esta vítima, comunicando o fato aos profissionais da área educativa para que estes deem o direcionamento e tratamento correto destas situações.           

O que devo fazer no meio de um ataque escolar?

Corra: Saindo do ponto crítico, saindo pelo lado contrário acessando rotas diferentes,  mãos espalmadas e na altura dos ombros para facilitar a identificação por parte dos policiais e seguranças, não socorrer feridos durante a fuga ( o mais importante é buscar ajuda, ficar poderá aumentar o número de vítimas), em hipótese alguma retorne para o interior do prédio; 

Esconda-se:  Se durante a fuga se deparar com o agressor e tiver que optar por outro local, ou ainda não conseguiu sair, você terá que ter um plano para evitar o atacante, se esconder é prioridade. Adentrar a um cômodo, fechar a porta, trancá-la, barricar a porta com móveis, apagar a luz e procurar um local seguro, atentando-se para não fazer barulho (derrubar objetos, mover-se e colocar o celular no silencioso), sair do cômodo somente após a chegada da polícia;

Lutar: Como última opção e não tendo outra alternativa, tenha um plano de ataque, assim você terá uma chance maior de sobreviver a um incidente de Agressor Ativo, observe a sua volta e estabeleça uma estratégia para usar o trabalho de equipe e armas improvisadas para incapacitar o atacante, caso este entre na sala. Lute pela sua vida e dos demais alunos; como última alternativa pode ser a hora de reagir, por que isto pode ser algo entre a vida e a morte e você tem que estar preparado para se defender.

O que fazer para evitar que aconteça?

  • A escola pode melhorar a segurança física, procurando uma empresa especialista para dar todo esse suporte.
  • Pais, devem ficar atentos aos jovens que se isolam com frequência, tenham poucos amigos, comportam-se de maneira estranha, preferem temas de violência, externalizam   indiferença, indignação em redes sociais, passam muito tempo em jogos de videogames. Não que estes fatores determinem o agressor, mas são relevantes para que estes jovens sejam observados com maior atenção, encaminhados ao psicopedagogo, para que se estabeleça um trabalho em rede para auxiliar este jovem, na possibilidade de haver algum problema maior, afinal não podemos esquecer que em muitos casos o agressor foi uma vítima que não recebeu ajuda.
  • A escola fornecer treinamento em segurança para professores e funcionários, incluindo como identificar sinais de alerta de comportamento preocupante.
  • Colocar um controlador de acesso, para que não entre qualquer pessoa na escola.

Essa matéria foi realizada através de uma entrevista com o Sr. Valdines Rietow 1º Sargento do BOPE da Policia Militar do Estado do Paraná há 31 anos, é operador da Companhia de Operações Especiais, unidade responsável pela doutrina de Medidas Preventivas e Ações Reativas contra Agressor Ativo.  

Autora: Michelle Prestes, Curitiba 2023

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